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Episódio 13
RTP1
Depois de um julgamento sumário são condenados á morte dezoito pessoas, incluindo a própria marq... Mais Depois de um julgamento sumário são condenados á morte dezoito pessoas, incluindo a própria marquesa destinada a morrer por corte de cabeça. Aos restantes é decidida a mutilação antes da morte, sendo ainda decidido que após a execução seja o cadafalso queimado, as cinzas dos cadáveres lançadas ao rio e o chão salgado para que ali não volte a nascer erva. O nome Távora é proibido, as armas e outros ícones identificadores da família picados por forma a desaparecerem dos olhos dos vivos. O patíbulo foi construído em Belém, na altura uma pequena aldeia piscatória nas margens dos Tejo. Todos os condenados foram ali colocados e executados sucessivamente por quebra de ossos das pernas e dos braços e finalmente por esmagamento do tórax. Desde que nasceu o sol que as execuções não pararam até a tarde já ir alta. A multidão assistiu e não sabia se haveria de glorificar a justiça se chorar os mortos e quando as chamas cercaram o cadafalso e os corpos mutilados, as labaredas subiram altas e arderam na maior pira que alguma vez em terras do reino vez tantos mortos inocentes. Contam os antigos que as chamas se avistavam dos morros de Almada e que o cheiro a carne queimada inundou Lisboa destruída pelo terramoto e pelas pestes que sobre os sobreviventes se abateram. E ainda hoje, essa pira macabra faz parte da nossa memória colectiva como um momento único da história portuguesa. Cem anos depois destes trágicos acontecimentos, Portugal era o primeiro país europeu a abolir a pena de morte.
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