A série de televisão Missão Impossível foi ao ar na rede norte-americana CBS de 1966 a 1973. As atividades confidenciais da agência do governo IMF (Impossible Missions Force) retornaram às telinhas em 1988, mas na ABC. No total, foram nove temporadas e mais de 200 episódios. Na segunda metade dos anos 1990, com produção do astro Tom Cruise e de sua sócia Paula Wagner, o derivado cinematográfico Missão: Impossível (1996) chegou aos cinemas, sob a batuta do renomado Brian De Palma. O excelente retorno financeiro (o filme custou US$ 80 milhões e arrecadou mais de US$ 450 milhões) e a boa aceitação do público e da crítica propiciaram a gênese de uma franquia. De lá pra cá, ao longo de, por enquanto, cinco longas-metragens, Ethan Hunt se tornou um dos mais importantes e conhecidos agentes secretos do cinema, ao lado de Jason Bourne e de James Bond. A Saga Missão: Impossível sempre teve nomes de relativo peso na função de diretor. O chinês John Woo, que colhia os frutos do reconhecimento ocidental, deu sequência às aventuras iniciadas nas telonas por De Palma. Depois vieram J. J. Abrams, hoje tido como um dos pesos-pesados de Hollywood; Brad Bird, premiado cabeça de animações da Pixar (mas não só dela), fazendo então sua estreia no live-action; e Christopher McQuarrie, roteirista de renome, vencedor do Oscar por Os Suspeitos (1995), em plena ascensão na função diretiva. Com quase US$ 3 bilhões de arrecadação nas bilheterias, a cinessérie não dá sinais de desgaste, muito porque soube se adaptar aos novos tempos, mas sem perder a identidade. Chegou-se a ventilar que Tom Cruise, célebre por dispensar dublês em algumas cenas perigosas, passaria o bastão a um ator mais jovem. Entretanto, a julgar pela disposição mostrada em Missão: Impossível – Nação Secreta (2015) e Missão:Impossível – Efeito Fallout (2018), mais recentes longas, ele deve viver Hunt ainda por um bom tempo.